Sobre
A_REDE

A_REDE é uma iniciativa do Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS Portugal) e da Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR) que pretende ajudar famílias refugiadas a encontrarem habitações condignas, estáveis e adequadas às suas necessidades.

Na maioria das vezes, as pessoas requerentes de asilo e refugiadas não têm uma rede de apoio em Portugal. Desejam arrendar uma habitação para se tornarem autónomas, mas surgem inúmeros obstáculos neste processo. As ofertas públicas, muitas vezes, têm como requisito a residência num determinado Concelho há 5 ou mais anos. As ofertas privadas exigem documentos comprovativos de rendimentos de anos anteriores ou fiadores de que as pessoas refugiadas não dispõem, devido à sua situação de recém chegadas a Portugal. 

Perante estas dificuldades, A_REDE surge com o intuito de facilitar o acesso a uma casa para que as pessoas refugiadas possam recomeçar os seus projetos de vida em Portugal. Numa única plataforma, A_REDE pretende ser a ponte entre as famílias e os senhorios. Fazendo esta ponte, A_REDE contribui para aproximar os portugueses das pessoas refugiadas em Portugal. Por outras palavras, A_REDE pretende humanizar o conceito abstrato de refugiado.

Por que deve fazer parte d’A_REDE?

Ao fazer parte d’A_REDE, estará não só a ajudar uma família refugiada a encontrar um lar. Estará também a contribuir para expandir a capacidade d’A_REDE de mobilização da comunidade em prol de um dos maiores desafios da Sociedade Civil: apoiar a inclusão das pessoas refugiadas que são forçadas a sair das suas casas à procura de paz e segurança num novo país. A inclusão é a solução.​

O objetivo é celebrar contratos de arrendamento com duração mínima de 1 ano, entre famílias refugiadas e senhorios, com o total apoio do JRS.

Testemunhos:

Eu acredito que disponibilizar a minha casa para que uma família de 5 pessoas pudesse recomeçar a sua vida me deu tanto a mim com a eles. Por muito que já saibamos que as pessoas são todas merecedoras de um porto de abrigo seguro e confortável, ter tido a oportunidade de abraçar esta causa diretamente e de poder conviver com estas cinco pessoas incríveis foi das experiências mais enriquecedoras que tive ao longo da minha vida. O JRS Portugal facilitou o processo ao máximo para que fosse igualmente confortável para as duas partes e recomendo vivamente a que qualquer pessoa que tenha oportunidade de disponibilizar um quarto ou uma casa para quem mais precisa, que o faça.”

Madalena senhoria família Kargar afegã, Lisboa, 2021

Um casal jovem com duas crianças pequenas, refugiados em Portugal. Fugiram a guerra, a violência, a destruição. Perderam o seu lugar no mundo. Conhecer esta família com experiências tão diferentes das nossas, mas no essencial tão próximas, é um privilégio. Como todos nós, procuram trabalhar e descansar, educar, brincar e ouvir rir os seus filhos. Têm direito a uma casa onde viver. Com privacidade e liberdade. Como todos nós. Ter a possibilidade de contribuir para que tal aconteça é ainda um privilégio. Será uma gota de água, mas não irrelevante, porque cem gotas de água já são preciosas.

Madalena senhoria família Obaidi afegã, Amadora, 2021

A casa e acolher uma família síria com o coração. Recebemos esta missão de hospitalidade nas casas de Bernardim Ribeiro, em Vila Nova de Gaia. Para nós poder colaborar no acolhimento de refugiados oferecendo-lhes uma casa para poderem iniciar novamente uma vida digna e construir futuro, será sempre uma enorme alegria e um tempo de grande aprendizagem para todos, senhorio e inquilinos, todos crescemos em amor! Acompanhar, servir e defender é responsabilidade de todos nós!

Sónia senhoria família Síria, VN Gaia, 2016

Confesso que ter na retaguarda o apoio do JRS, foi o trampolim para este aluguer (se alguma coisa corresse menos bem, podia contar com eles). Após esta primeira experiência “garantida” decidi prolongar o arrendamento por mais um ano. Sim, tivemos de fazer ajustes aos valores para lhes permitir comportar este encargo. Não me arrependo. Se fosse EU, também gostaria que me dessem a mão. Podendo… a nossa Paz interior é bem mais importante. Sinto que tomei a decisão certa.

Teresa senhoria família Afegã, 2021

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